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sábado, 13 de outubro de 2012

[Review] Avatar: Legend of Korra


A animação Avatar: A Lenda de Aang deixou o seu legado. E após o seu fim, foi idealizado uma nova animação, uma continuação do que foi dito em toda a série. A Lenda de Korra chegou, e com ela veio também uma nova aventura. Escrito por Michael Dante Dimartino e Bryan Konietzko, dirigido por Joaquim dos Santos e Ki Hyun Ryu. Tudo diz que esta nova saga irá ser magnífica. Está presente agora o nosso mais novo conteúdo desta história da série Avatar.

Avatar Aang, que, em conjunto com seus aliados, puseram o fim na guerra dos 100 anos e, como símbolo da união das nações, criou a "Republic City", não mais vive. E com isso, a partir do ciclo dos avatares, surge uma nova avatar na tribo da água, Korra. É nos apresentado a princípio Korra quando criança, provando para alguns personagens, até então não conhecidos, que ela realmente é a nova avatar. Sem o clima pesado da antiga animação, onde Aang tinha que esconder sua identidade, agora com a nossa Korra não há mais necessidade disto, o que inicialmente gera um momento cômico com sua primeira aparição. E após esta pequena introdução inicia-se o embasamento da história em que a animação deve rumar. Logo depois de finalmente dominar o fogo, faltando agora um único elemento para então se tornar um avatar por completo, Korra se vê obrigada a ir sozinha para Republic City, pois o único mestre do ar, e filho do nosso querido carequinha Aang, é um dos líderes da grande cidade republicana. Não podendo mudar-se temporariamente para ensina-la enquanto não resolver alguns dos problemas da cidade. E é em Republic City onde a história se seguirá.


É muito interessante ver a evolução da humanidade participando também desta animação. Antes quando é mostrado um mundo sem grandes invenções tecnológicas, um mundo que progredia lentamente com plantações, guerras entre dobradores, entre outros. Era comum relacionar com a nossa idade média. Nesta nova animação existe uma roupagem diferente. Republic City é uma cidade comum, com carros, lojas, estabelecimento policial, possuidora de impressa, prédios. Isto mostra o quão bem construída é a animação Avatar como um todo. É divertido ver o mundo progredindo, a caminho de um futuro ao menos parecido com o nosso.

Ação para dar e vender! Avatar já possuía uma incrível tecnologia de movimentação de personagens , isto é inegável. Como Legend of Korra viria a ser uma série curta, possuindo apenas o capítulo do ar (com 12 episódios apenas), investiram, provavelmente bem pesado, para melhorar o desempenho das lutas. É de encher os olhos novamente prestigiar movimentos de estilos de luta que costumávamos ver em Jackie Chan, Jet lee, entre outros. Algo bem legal que foi implementado a série é um novo estilo de dobra, que foi feito especificamente para lutas em uma arena. Uma breve comparação com o UFC pode ser feita quando observada, já que também é uma luta assistida por um público.

Entretanto, como não poderia faltar, Korra possui alguns defeitos. Como por exemplo a diminuição do ritmo da história. Mostrar algumas cenas que são um tanto inúteis para a compreensão do plot não é bem o necessário para se ter algo bom. Até entendo que tentaram trazer alguns momentos cômicos para a animação, porém não foi tão bem produzido neste. Claro que o humor da animação se torna criativa e que tira umas gargalhadas, mas apenas em episódios futuros. No primeiro episódio há um momento em que Korra precisa pegar um navio para poder chegar a Republic City, e infelizmente não foi mostrado como ela pegou o navio, provavelmente teria sido bem legal e relembraria as aventuras de Aang sendo caçado. Mas não há como a série ficar ruim, seus defeitos são mínimos e podem ser corrigidos facilmente.

A animação está ótima! É de explodir cabeças ver novamente a introdução com os antigos avatares, agora a sequência sendo respectivamente Terra, Fogo, Ar e Água, simbolizando o ingresso de Korra, avatar da tribo da água. Um plot baseado na intriga entre os dobradores e não-dobradores, que demonstra ser bem original. Fico bem feliz por não terem usado a mesma fórmula do primeiro avatar para tentar tornar este um sucesso também. Tudo está com um saldo positivo e que nos mostra um caminho brilhante o qual esta animação está trilhando. Novamente, toda a equipe está de parabéns! Minha nota é 8. E espero que tirem bom proveito do que já foi mostrado, não quero ver burradas, em?

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

[Crítica] O Poderoso Chefão


Mafia, submundo do crime e que atuou fortemente no último século. É nisto que foi baseado o filme The Godfather, filme que marcou a imagem do ator Marlon Brando para sempre. Roteiro de Mario Puzo (também escritor do livro) e direção de Francis Ford Coppola. Demonstraram possuir talento para produzirem uma obra de uma relevância sem igual.

Familia Corlenoe, esta é a mais influente das famílias mafiosas de Nova York. Seu chefe é Don Vito Corleone (Marlon Brando), altamente sábio e demonstra ser o mais apto para comandar uma familia tão poderosa. Na primeira parte do filme é mostrado o comando de Vito Corleone para com alguns "negócios" da familia enquanto acontece o casamento da sua filha Connie (Talia Shire), neste casamento há a apresentação de alguns outros filhos do nosso poderoso chefão: Sonny (James Caan), que é  bastante temperamental, Michael *Spoiler* futuro Don Corleone */spoiler*. que demonstra não querer fazer parte deste mundo de crimes. Há também a apresentação icônica do assassino Luca Brasi (Lenny Montana), que gera uma incrível cena com ele e Marlon Brando.

Durante casamento de Connie, Luca Brasi resolve parabenizar e agradecer o seu chefe por tudo o que ele já fez pela familia e por ele, mas o nosso assassino está nervoso. Entretanto não é apenas o personagem. O próprio ator, Lenny Montana, está tão nervoso quanto por estar contracenando com o famoso Marlon Brando. Lenny Montana é filmado ensaiando a sua fala um pouco antes da sua cena, o que realmente faz aparentar que o seu personagem no filme está ensaiando. Tudo foi improvisado, desde o ensaio de Luca Brasi para falar com o seu grande chefe, até sua conversa com o incrível ator Marlon Brando quando estão produzindo a cena. Outra cena que merece ser comentada como sendo um incrível improviso é no inicio do filme, quando Vito Corleone recebe o primeiro individuo que vem naquele dia pedir-lhe favores. Nesta cena um gato entra no cenário enquanto está acontecendo a cena. Brando, não deixando esta oportunidade escapar, coloca o gato em seu colo e dá-lhe alguns carinhos enquanto continua seu diálogo com o individuo. Com isso não pararam de acontecer referências a esta cena em filmes futuros, e até animações. Isto só prova o quão genial foi o diretor Coppola, e quão bem preparada era a equipe que possuía.

Um filme que prende o público. Isto só acontece quando uma obra possui um ritmo realmente impecável, com cenas que se compõem tão bem que não deixam cair a "ação" das falas e acontecimentos. Enquanto a composição de cenas atuam não deixando o ritmo cair, a trilha sonora faz a conexão final com as cenas e a perfeição. Ela foi tão bem produzida que até mesmo uma nova geração de jovens não deixou que fosse esquecida, ainda sendo pedida para ser tocada em festivais, rádios e violões de amigos.

Transcedental. Tem a capacidade de ir além do seu tempo. Pouca coisa tem capacidade para isso, principalmente nos dias de hoje, e O Poderoso Chefão possui essa capacidade. Infelizmente há algumas falhas de roteiro, uma delas é bastante visível. Entretanto isto não torna a obra ruim. Com tantos acertos, com tantos ícones, com tantas curtidas no facebook, não há como diminuir o que esta grande obra representa.

É um filme que é sempre indicado para aqueles que ainda não assistiram. Merece todos os elogios que poderiam ser ditos a respeito dele. Mesmo com suas falhas o filme não perde o sentido ou a emoção. Com tanta ação nas falas, o ritmo de roteiro é extremamente perceptível, se tornando quase impossível desgrudar os olhos enquanto seu dvd está atuando com a sua funcionalidade. Trilha sonora que, assim como a trilha sonora do filme Tubarão, no segundo que é tocada, vem a mente daqueles que escutam um membro da mafia. As falhas são devoradas instantaneamente por tudo o que há de bom (parafraseando Meninas Superpoderosas) neste belo filme. Minha nota é 9,2.

domingo, 7 de outubro de 2012

[Review] Cave Story






Acordado dentro de uma caverna infestada de monstrinhos, sem nenhuma memória do que aconteceu antes nem do seu próprio nome. É assim que começa Cave Story (ou Dokutsu Monogatari). Ele é um jogo indie (independente) criado quase que completo por Daisuke Amaya, também conhecido como Pixel. Ele provou que as vezes não se precisa de tanta complexidade para produzir um jogo bem feito, basta ser criativo, o que, sejamos sinceros, algumas produtoras estão esquecendo de ser.


Um jogo de plataformas e ação com uma pitada de Bullet Hell (ok, nem tão hell assim), utilizando de equipamentos que ao passar do tempo vamos conseguindo nas nossas aventuras. Ele nos mostra ser um jogo um tanto ruim no inicio, quando não possuimos nossas armas destruidoras de grandes exércitos (MWHAHAHAHA!), porém, ao conseguir a nossa primeira pistol(inha), nosso bonequinho pixelado inicia a sua destruição pelo caminho até encontrar o primeiro vilarejo, dos Mimigas. Eles são criaturas que vivem no interior das cavernas onde o nosso aventureiro acordou. Entretanto nem tudo são flores, esses tais Mimigas estão sendo intimados frequentementes por seres subordinados do "Doutor", um tal vilão o qual não demonstra piedade com esses seres fofos que parecem coelhinhos saltitantes. E isso tudo mais parece uma desculpa para descer bala em tudo o que iremos encontrar (Ok! Este não é um jogo com uma fórmula tão simples assim).


Cave Story é um marco da industria independente de games, onde até hoje estão lançando e relançando este jogo, como recentemente foi feito na plataforma 3DS com o Cave Story 3D. Vemos isso quando percebemos o quão diverso este jogo é, com uma história bem produzida, arsenal de armas (e as suas evoluções), e incontáveis cavernas com as quais encontraremos. Mesmo depois de finalizado ainda podemos nos deparar com coisas novas, é impressionante a quantidade de conteúdo que este jogo possui. Sem contar com a arte e a música, que também foram produzidas por nosso grande Pixel, que, juntas, constroem uma marca característica do jogo.

Dokutsu Monogatari é impressionante. Esta é a palavra certa para este jogo. Pois ele é um jogo que, quando inicialmente jogado, não esperamos grande coisa o que gera um "plot twist" em nossa cabeça. Mudamos nossa posição quanto ao jogo a medida que o jogamos, passando de um jogo divertido e casual, para um jogo que merece esforço e dedicação que serão recompensados no final dele. Não esquecendo que o mesmo é um jogo independente, minha nota para ele é de 7.8. É um jogo acima da média, que merece dedicação, com uma história complexa e conteúdo para até mesmo aquele que já finalizou.

Para aqueles que querem ter a oportunidade de conhecer-lo melhor, foi criado por um fã um site com o qual possui o jogo na sua versão para PC (primeira versão do jogo, é freeware). O site também possui bastante conteúdo, desde forum até artes de fãs, informações adicionais, entrevistas, guias, FAQ e muito mais. 

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

[Review] Y: O Último Homem


Escrito por Brian K. Vaughan e desenhado por Pia Guerra, Y: O Último Homem é uma obra da Vertigo, braço mais autoral da DC comics, em que conta a história dos últimos seres no planeta terra com o cromossomo Y, ou seja, sexo masculino. São eles o nosso protagonista e o seu macaco, respectivamente Yorick e Ampersando (nome dado ao símbolo "&"). 

A história inicia-se apresentando ao leitor alguns personagens que serão pontos chaves de vários acontecimentos futuros. A princípio é mostrado Yorick pedindo a sua namorada Beth, que está no outback australiano neste momento, em casamento. Antes disso são mostrado os demais: Mãe do protagonista (participante do governo), doutora Alisson Mann (Geneticista), agente 355 (mulher que trabalha com um grupo secreto denominado de círculo culper), Hero (bombeira e irmã do nosso protagonista). Logo após uma breve explanação dos personagens é apresentado aos leitores a grande catástrofe, a morte de todos os homens do mundo e as suas consequências. Sem uma resposta concreta para o seu pedido de casamento, Yorick entra em uma cruzada em meio a um mundo catastrófico infestado de mulheres.

E onde está a cabeça dessas mulheres? Estão todas malucas! Sim, isto é um fato, com a criação de diversos grupos com poder bélico e influências nos países, alguns deles anti-governamentais, outros que acreditam que a catástrofe foi obra da mãe natureza e, consequentemente, a sobrevivência do nosso protagonista deve ser corrigida com a sua morte, e sem contar com as consequências desses grupos nos países. Por exemplo a Austrália era o único país que possuia mulheres em seus submarinos e, após o caos, se tornou a nação que domina os 7 mares (Raínhas dos Sete Mares). Entretanto também existem as mulheres que não querem sobreviver sem um homem e por isso anseiam a sua volta, com isso provarão estar extremamente loucas, piradas e piriguetes quando algumas encontrarem Yorick. E isso demonstra ser um perigo tão grande como qualquer outro supracitado para o nosso carinha com o seu macaco.

A maneira com que foi escrita essa HQ é bastante parecida como são contadas as histórias em quadrinhos dos nossos vizinhos orientais. Ela possui um único grande arco em que os personagens vão mudando, evoluindo ou regredindo, com o passar do tempo. Entretanto não deixa de possuir pequenos arcos dentro desse principal, arcos estes em que são contadas histórias dos personagens e suas estadias em determinadas localidades.

Y:The last man, título original, é uma HQ imperdível para quem gosta de quadrinhos. O ritmo dela é incrivel, o final de cada capítulo gera dúvidas e suspenses (cliffhangers) que nos deixa com a cabeça a mil esperando por mais no próximo capítulo. Os traços e colorização estão simples, porém, bem bonitos, para mim isso trás um diferencial muito bem bolado para a revista, tanto que, após ler um quadrinho do homem aranha que os traços e cor possuem uma característica bem detalhada, me surpreendi como a simplicidade dos traços para O Último Homem caem como uma luva. 

Uma HQ digna do nome! Estou ansioso para ler o último volume que, provavelmente, sai em 2013 aqui no brasil! Com traços, história, evolução, cliffhangers e cores bem idealizadas, minha nota para esse mártir das revistas em quadrinhos, que também gerou uma série de trabalhos na televisão (Lost) para Brian K. Vaughan,  é de, em uma escala 0/10, 8.5!

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Manuela





Ela fumava uns baratinhos de vez em quando e lia revistas em quadrinhos. Só bebia cerveja preta, dizia que fazia bem pra si mesma. Saía com a penumbra da noite como se fosse o amado namorado e se divertia no dobrar do vento entre as árvores mal aguadas das ruas. Manuela sempre seguiu seu rumo sozinha, se via no espelho que comprou com o dinheiro que havia recebido em seu miserável emprego de faxineira. Nunca assinou carteira, não se faz isso com 17 anos. Ela dizia ter autonomia pra cuidar de si e morar sozinha.

As vezes ela tinha um teto sobre sua cabeça, as vezes ela só tinha sacolas de lixo cheias de roupas, um colchão velho e a luz das estrelas para se banhar. "-Um dia, quem sabe,  terei uma casa por muito mais que um mês, será minha casa.-" dizia a sonhadora Manuela, a mesma Manuela que era expulsa do trabalho sem nenhum motivo, só ciumes da 'patroa' ou as vezes substituída por alguém melhor, de uma idade mais avançada e mais qualificado para o serviço de lavadeira, passadeira, arrumadeira e cozinheira.

Manuela foi confundida com prostituta, várias vezes, e  alguns dias ela cedeu, rendia-lhe um bom café da manhã e almoço. Olhava-se no espelho todos os dias, sentindo-se velha e cada vez mais velha. Velha, cansada e sozinha. Só os gatos lhe davam companhia, juntos com os pombos os ratos e baratas. A velha mais jovem que eu conheci. Com vinte anos ela parecia ter trinta e cinco. A vida não é justa ou boa com quem tem sonhos por demais a oferecer. Ela adoeceu nas ruas, recebeu juras de morte, foi espancada, estuprada e injustiçada, todos os dias era injustiçada. Ela não tinha mais aparência pra ser faxineira, virou mendiga, rastejava como um rato em busca de comida e cheirava mal. Se esquivava do mundo como se fosse um gato, se escondia melhor que um camaleão, as vezes, carregava aids e um novo ser. Assim ela andou, andou, andou como nos velhos tempos, quando procurava um amor pra viver o resto da vida, andou de pés descalços sobre o asfalto gélido e espinhante da madrugada, andou até achar uma luz, ela cedeu e se jogou. Manuela perdeu as esperanças, percebeu que a vida não era plástica, percebeu que não é fácil, que não se pode simplesmente viver. Ela não soube jogar, só aceitou a derrota e se entregou esperando ter mais sorte na próxima rodada, se tiver uma próxima.

domingo, 30 de setembro de 2012

[Crítica] Ted






Com um tema inicial já utilizado em outros filmes, Ted, que antes era um ursinho de pelúcia normal até um milagre natalino acontecer, se torna o melhor amigo do nosso personagem principal, John. Entretanto o filme não continua após esse milagre natalino, após algumas fotos em que vemos John e o pequeno Ted em várias fases de suas vidas, temos nossos dois protagonistas já crescidos e com vocabulários um tanto esculachado.

De Seth MacFarlane (será irmão do criador do Spawn?), criador da animação Family Guy, e isto é um fator importante, pois, neste filme vemos várias marcas da animação, como as referências. Contando com uma gama de referências nerds, como Star Wars, e também cita vários atores e cantores, como Taylor Lautner e Katy Perry, para quem gosta delas, este filme tem de sobra.

Ted não é uma comédia exagerada como paródias um tanto ruins de outros filmes, desde que se obedeça a faixa indicativa do filme. Ted conta com várias situações cômicas, um pouco forçadas mas em medida certa, com as quais tirará várias gargalhadas das pessoas que se interessarem em ir prestigia-lo. Um filme mediano, clichê, porém, criativo, Ted, para mim, tem nota 5,2, de uma ecala 0/10.

sábado, 29 de setembro de 2012

[Review] Megaman X3

                                                    Uma das capas do jogo no Snes

Megaman x3 participou de um grande período na infância de várias pessoas, inclusive a minha, possuindo uma história em que, no contexto infantil da época, poucos se importavam, porém, bastante desenvolvida e com um argumento bem construido. A maioria das crianças costumavam passar as falar e correr para a ação, que consistia em rajadas de pixeis brilhantes, alguns poucos mais desenvolvidos quando o pequeno boneco "chargeava" o seu "basic shot", sua armas basicas para a destruição dos inimigos. Quando pressionava-se Y no joystick do nosso querido super nintendo, o seu bonequinho azul projetava em uma linha paralela ao chão uma rajada pelo seu antebraço (por mais que aparentemente isso seja uma idéia um tanto idiota no período atual, e sem contar com recursos audio-visuais, aquilo enchia tanto os nossos olhos infantis que continuávamos nossa, eufórica, jogatina).

Por mais que este grandioso jogo fosse brilhante, inovador e, o mais importante de tudo, divertido, existia um fator predominante o qual fazia todos nós ficarmos frustrados em alguns momentos: sua dificuldade. Se de um lado temos o protagonista com poderes hi-tech incríveis, do outro temos inimigos tal formidáveis quanto, e com habilidades bem acima da que possuímos no inicio da aventura. A dificuldade não só está nos bosses ou em inimigos que você encontra pelo caminho, mas também em alguns puzzles que, quando bem observados, podem ser achados pelo caminho, como por exemplo alguns corações um tanto rosados que dão um "boost" no "HP" ou "Vida" do seu azulão como também um "subtânio" ou "subtanque" que, quando seus pontos de vida estiverem se esgotando ou o seu medidor de energia, você pode utilizar-los para preencher novamente o que você perdeu. O mais divertido de todos os puzzles com recompensas são com toda certeza as armaduras que são conquistadas pelo caminho. Totalizando quatro partes da armadura (cabeça, braços, pernas e peitoral), nosso amiguinho azul passa a ser customizado cada vez que achamos uma cápsula a qual possui uma breve fala com o doutor criador do X (azulão), e logo após isso uma mini cutcene cheio de luzes e sons bastante característicos, que fazem suar nossos olhos másculos. E, meu amigo, não era nada fácil achar. Se por um acaso do destino você conseguir este jogo para experimentar nos dias de hoje, com toda certeza minha e de qualquer pessoa que explorava todas as fases dificílimas deste incrível passatempo, naquela época, infantil, você irá, com toda certeza MESMO, passar um certo tempo se habituando até chegar o momento em que você finalmente conseguirá conquistar o "password" no final do estágio.
                                                                         
Contando com 8 chefões, retirando dessa soma a fase final e todos os "bosses" que nela está contida, e o mesmo número de fase, que são bastante personalizadas a partir das habilidades e aparência do "boss" que o espera no momento final de cada um dos estágios. Acredito que o chefe mais conhecido deste jogo da série é o Blizzard Buffalo, geralmente o primeiro dos quais serão derrotados por quem jogava, ou joga. Algumas características deste desafio final são suas habilidades com gelo que prendem o nosso azulão para que, após isso, o tal Blizzard Buffalo inicia uma segunda fase de seus ataques, uma investida com chifres mirando justamente em nosso personagem congelado, cuidado!

No geral o jogo é bom, claro que possui os seus defeitos, para os padrões dele. Algo que sempre me decepcionou nesse jogo é o deficit de sets de armaduras que podem ser formados, o jogo conta com apenas um set sem contar o básico, mas esse problema é sanado com um jogo futuro da série. Claro que isso não faz o jogo ficar chato ou repetitivo, já que sempre estamos com algum objetivo diferente quando entramos em um estágio, seja para pegar um coração, "subtank", armadura, ou até para finalizar os dias de glória do boss no final da fase.

O joguinho rendeu a mim e a várias outras pessoas horas de diversão, que de forma nenhuma foram perdidas. Com gráficos de boa qualidade, com cores fortes e tons marcantes, faziam dele um jogo que não irá sair da cabeça dos fãs por um longo, longo tempo. Minha nota para ele, em uma escala de 0 a 10, é 8. Acredito que o jogo, nos padrões dele, atingiu a meta que queria e foi mais além, nos proporcionando um jogo divertido, frustrante, e que faziam todos os que jogavam querer finaliza-lo.